Já há muitos anos que deixei de sair à noite. Isto é, deixei de frequentar bares, discotecas e outros antros afins.
Quanto muito, quando o sol se põe, arrisco audaciosamente uma ida ao cinema, a um restaurante, ou na mais turva das loucuras, uma ida a um concerto.
A excitação ora pueril, ora ébria da noite actual, agonia-me. São muitas hormonas em demasiada gente mal vestida, confinadas num espaço limitado. No entanto, o acaso fez-me abrir uma excepção e numa sexta-feira recente, dei por mim num pequeno bar localizado ali para as traseiras da Av. dos Estados Unidos.
É um clube de Jazz. Sítio de boa música, onde a noite conta com jams cometidos por músicos talentosos, e onde se pode beber um whisky servido com o mínimo de dignidade ou um gin confeccionado a preceito. O staff é irrepreensivelmente polido, e a fauna, heterogénea, descontraída e divertida.
Os preços praticados não são nada de especial, e dificilmente se corre o risco de ter uma lontra de sapatos cambados a fazer-nos olheiras, ou um labrego a tentar apresentar-se à nossa companhia.
Adorei, é uma pérola a re-visitar.