Discos há muitos, são um bocado como os chapéus. Quer dizer, estes últimos a bem da verdade, até já há poucos. A rapaziada de agora prefere bonés, gorros e outros aconchegos importados aos sem abrigo e Red Necks americanos.
Seja como for que o mundo ande ou desande, esta é uma gravação intemporal, de uma cantora “timeless”, genial no seu tempo e hoje em dia. Revisitar este disco vezes sem conta é como ouvir-lo sempre pela primeira vez. A cada audição somos fascinados pela honestidade das letras, embalados pelo swing das melodias e pela descoberta de novas nuances na textura da sua voz.
Gravado em Los Angeles no gélido inverno de 1957 e produzido pelo Norman Ganz, acredito que nesse mês de janeiro, tenha trazido para todos os clubes da cidade e para as rádios, aquela brisa morna e suave dos fins de tarde nos imensos campos da Pensilvânia e o doce cheiro a tarte de maçã que arrefece pousada na cadeira de baloiço de um alpendre