Localizado na esquina da Avª Sacadura Cabral com a Rua David de Sousa, no coração do bairro do Campo Pequeno, fica este portento da restauração pós 25 de Abril, uma tasca, portanto.
Lá dentro, quadros com toiros em pontas, valentes cavalos relinchantes e ícones do futebol benfiquista, ladeiam um balcão de vidro e alumínio, bem como uma dúzia de mesas de madeira. Os mais atentos, podem ainda encontrar um barrete saloio já meio pespingado pelo tempo e pelo pó.
Cá fora, uma solarenga esplanada feita daquelas mesas vermelhas, de plástico, oferecidas por uma marca cervejeira. A ementa, escrita à mão sobre um bocado de papel das toalhas, está colado com fita cola no vidro.
Seja de que lado estiver, encontra sempre o Srº. Alcides pronto a servir, o que eventualmente será, a melhor imperial de Lisboa.
A ementa é sempre a mesma e anda à volta do bacalhau à Gomes de Sá, do bitoque, das febras e da omelete, confecionados por senhora campesina de generosa volumetria.
O serviço de sala, ao laborioso estilo operário é às 3 pancadas e com plebeia faiança toda desirmanada.
Desenganem-se pois, aqueles que buscam salamaleques e fidalguias que isto é sítio de gente de testa suada, que vem apenas na senda de umas loiras fresquissimas, bem tiradas e com exacta pressão.
Eu cá gosto, até me lambo.